O município de Tupanciretã, cidade de 24 mil habitantes no Noroeste do Rio Grande do Sul, decretou situação de emergência por causa da estiagem na quinta-feira (1º). Segundo a Defesa Civil, o anúncio é o primeiro a ser feito nesta temporada no estado.
O açude da propriedade de Manoel Adir Serpa está seco, e não há mais água para lavoura e para os animais.
“A gente depende dessa água aí, para os animais e coisa. A gente já começa a se apavorar, está marcando mais uma seca, e sem água a gente se apavora”, diz.
No verão passado, entre 2021 e 2022, 426 dos 497 municípios gaúchos decretaram situação de emergência pela falta de chuva. Do total, 417 cidades, tiveram os decretos homologados pela Defesa Civil.
Perdas e alternativas
A Prefeitura de Tupanciretã calcula que 4 mil pessoas enfrentam problemas no abastecimento de água. Por isso, o município leva caminhões-pipa todos os dias para cerca de 20 famílias.
“Tivemos em novembro, que teria que ser aproximadamente 180 milímetros de chuva, nós tivemos 36 milímetros de chuva média no interior do município. Então, nós estamos entrando numa continuidade de uma seca sem dimensões”, diz o prefeito, Gustavo Herter Terra.
Mais da metade da produção de milho foi perdida na cidade, como é o caso do agricultor Luiz Carlos Piran. Por ser uma cultura sensível, o milho depende de muita água para o cultivo.
“Essa área aqui, 100% está perdida. Área de quatro hectares, essa não tem mais volta”, fala.
Com o decreto de emergência, a prefeitura espera que o estado responda na semana que vem sobre o envio de recursos. Até lá, os produtores torcem para que volte a chover.
Fonte: G1