Aeronautas iniciam nesta 2ª feira (19.dez.2022) a greve nacional definida pela categoria em assembleia-geral do SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas) na 5ª feira (15.dez.2022). A categoria reivindica a recomposição das perdas inflacionárias e melhorias nas condições de trabalho, como a definição do início dos horários de folgas e proibição de alterações nas mesmas.
Segundo o SNA, a greve será por tempo indeterminado nos aeroportos de São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Porto Alegre, Brasília, Belo Horizonte e Fortaleza.
O acordo ainda está em negociação entre o sindicato e as companhias aéreas. A paralisação não atinge voos com órgãos para transplante, vacinas e pacientes em atendimento médico. O sindicato argumenta que as reivindicações são devido aos altos preços das passagens aéreas, que têm gerado crescentes lucros para as empresas de aviação.
Em nota, o SNA diz que “conta com o apoio da sociedade e com o bom senso das empresas aéreas para evitar transtornos“. A greve pode ocasionar um efeito cascata de atrasos e possíveis cancelamentos de voos.
Decisão do TST
A ministra do TST (Tribunal Superior do Trabalho) Maria Cristina Peduzzi decidiu na 6ª feira (16.dez.2022) que deve ser garantido o mínimo de 90% de pilotos e comissários em serviço durante a greve. A decisão foi motivada por uma ação do Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias).
Na decisão, a ministra negou o reconhecimento da abusividade da greve, mas determinou que deve ser mantido um percentual mínimo de aeronautas em serviço.
“A urgência da medida se configura pela própria essencialidade dos serviços, bem como pela constatação de que a futura greve tem aptidão para gerar graves impactos na sociedade, notadamente por ser aprovada em período de aumento da demanda no setor de transporte coletivo aéreo”, afirmou Peduzzi. s.
A liminar também assegura que o SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas) não poderá impedir trabalhadores de cumprirem sua jornada nem interditar vias. O SNA prometeu cumprir as regras estabelecidas pelo TST para a greve da categoria.
O que pedem os aeronautas
Os aeronautas reivindicam recomposição das perdas inflacionárias, além de ganho real nos salários e benefícios. O sindicato da categoria argumenta que os altos preços das passagens aéreas têm dado crescentes lucros para as empresas.
Os profissionais do setor ainda pedem melhorias nas condições de renovação da Convenção Coletiva de Trabalho, com a definição de horários de folgas e proibição de alteração das mesmas, além do cumprimento dos limites pré-estabelecidos de tempo em solo entre voos.