Com apenas 15 anos, Arsen acaba de pisar no território da Moldávia, mas já espera retornar à sua Ucrânia natal, de onde fugiu após “três ou quatro dias de terror, escondido no porão de um prédio”. “Esse pesadelo tem que acabar”, diz sua mãe Irina, com lágrimas nos olhos, tremendo por causa do vento gelado que sopra no posto fronteiriço de Palanca (leste da Moldávia).
Porém, mais do que o frio, ela é atormentada pelo medo.
“A situação na Ucrânia está se deteriorando. Por isso tive que tomar essa difícil decisão e ir embora”, diz a professora de 40 anos, com seus dois cachorrinhos nos braços e protegidos por cobertores.
A mulher, que prefere não dar seu sobrenome, colocou “documentos e algumas roupas” em uma mala para seus dois filhos adolescentes e deixou sua mãe para trás.
Ela “não queria sair de Odessa, porque muitas coisas a prendem” a essa cidade portuária do mar Negro, a cerca de 40 km de Palanca.
“A situação na Ucrânia está se deteriorando. Por isso tive que tomar essa difícil decisão e ir embora”, diz a professora de 40 anos, com seus dois cachorrinhos nos braços e protegidos por cobertores.
A mulher, que prefere não dar seu sobrenome, colocou “documentos e algumas roupas” em uma mala para seus dois filhos adolescentes e deixou sua mãe para trás.
Ela “não queria sair de Odessa, porque muitas coisas a prendem” a essa cidade portuária do mar Negro, a cerca de 40 km de Palanca.
Alguns se espremem em até cinco ou seis pessoas, além das malas, no veículo de um membro da família ou voluntário. Outros caminham os 5 km do posto de fronteira até um acampamento erguido pelas autoridades moldávias em terreno lamacento sob a neve que cai.
Desde o início da agressão russa, em 24 de fevereiro, a Moldávia, uma ex-república soviética entre a Romênia e a Ucrânia, viu cerca de 90 mil ucranianos cruzarem suas fronteiras.
Esse país de 2,6 milhões de habitantes está entre os mais pobres da Europa e não está acostumado a receber refugiados. Pelo contrário, tem sido vítima de uma emigração maciça devido ao desemprego e à corrupção endêmicos.
Desde o início da década de 1990, cerca de um terço de sua população emigrou, uma queda demográfica entre as mais altas do mundo.
Em 2020, os moldávios elegeram a presidente Maia Sandu com uma plataforma pró-Ocidente que a viu entrar em conflito com o gigante russo Gazprom sobre os preços do gás.
A dívida disparou em outubro após um aumento brutal de juros decidido por Moscou.
No total, nos primeiros sete dias da invasão russa, mais de 1 milhão de ucranianos fugiram para países vizinhos, disse o alto comissário da ONU para os refugiados, Filippo Grandi, nesta quinta-feira.
Entre eles está Alexei, de 17 anos. Embora esteja entrando em um carro a caminho de Chisinau, seus pensamentos estão em outro lugar, na Ucrânia: “Queremos viver em nosso país, livres, sem o Exército russo”.
Fonte: R7