A taQi, tradicional rede gaúcha de varejo, iniciou mais uma etapa de fechamento de unidades físicas no Rio Grande do Sul, movimento que já atinge cidades do Litoral Norte e reacende dúvidas sobre o futuro da marca nas operações presenciais.
A empresa, pertencente ao Grupo Herval, confirma oficialmente que novas lojas estão sendo encerradas, embora não detalhe quantas.
A equipe do Litoralmania identificou que a unidade de Santo Antônio da Patrulha está em fase final de funcionamento, com fortes promoções de “torra torra”, típicas de liquidações antes do fechamento.
Da mesma forma, as lojas de Osório, Capão da Canoa e Torres realizam ações de “limpa-estoque”, indicando possível inclusão no pacote de encerramentos — apesar de a rede não confirmar.
Mudança no comportamento de compra
Em nota, a taQi informou que as decisões refletem a transformação no hábito de consumo dos gaúchos, afirmando que “os clientes cada vez mais optam por realizar suas compras pela internet”.
A estratégia passa a priorizar dois eixos:
💻 Fortalecimento do e-commerce, com expansão do catálogo e competitividade no digital
🏗️ Crescimento no B2B, voltado para empresas, construtoras e grandes compradores
A aposta busca maior previsibilidade e menos dependência das lojas físicas.
Histórico de redução desde 2023
Entre 2023 e 2024, a taQi fechou 25 unidades, citando inadimplência elevada, juros altos e queda no consumo.
Com isso, passou a operar com 65 lojas, mas atualmente não divulga o número atualizado, reforçando a percepção de que o processo pode ser mais amplo.
Parte do Grupo Herval — que reúne 25 marcas, incluindo a iPlace — a taQi foi fundada em 1959 e tornou-se referência em móveis, eletrodomésticos e materiais de construção.
O corte nas lojas físicas representa uma mudança relevante na trajetória histórica da empresa.
O avanço das compras online, custos operacionais maiores e o cenário econômico pressionado têm remodelado o varejo no Sul do país.
Analistas apontam que o novo ciclo da taQi reflete um mercado mais competitivo, onde redes tradicionais precisam acelerar a digitalização.










