O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conseguiram direito de resposta durante o primeiro debate presidencial deste ano, realizado na noite deste domingo (28) em São Paulo. Ao todo, foram feitas sete solicitações, sendo quatro pelo atual chefe do Executivo nacional, duas por Lula e uma por Simone Tebet (MDB), que não teve o direito concedido.
Do total de pedidos, Lula e Bolsonaro conseguiram apenas um direito de resposta, cada um. O petista rebateu o termo “ex-presidiário” usado pelo atual presidente para se referir a ele. Já Bolsonaro se defendeu após citações ao orçamento secreto, à pandemia e ao sigilo de 100 anos.
O confronto político foi promovido pelo grupo Bandeirantes, TV Cultura, Folha de S.Paulo e UOL. Também marcaram presença no debate os presidenciáveis Ciro Gomes (PDT), Felipe D’Avila (Novo) e Soraya Thronicke (União Brasil), que não fizeram uso do recurso.
Ainda dentro do tempo, o presidente falou em resposta à senadora e presidenciável Simone Tebet (MDB). “E dizer a vocês também que ‘a vacina tentou corromper?’ Está de brincadeira, nobre senadora. ‘Tentou corromper?’ Cadê a corrupção, cadê o contrato assinado, cadê a nota? Não tem nada. Só fake news e mentira a meu respeito”, argumentou Bolsonaro.
“É apenas para dizer da irresponsabilidade de quem exerce o cargo de presidente da República, que me chamou duas vezes de presidiário. Ele sabe as razões pelas quais eu fui preso. As razões pelas quais eu fui preso foi para ele se eleger presidente da República, porque era preciso tirar o Lula do pedaço. Eu, nesse processo todo, estou muito mais limpo do que ele ou qualquer outro parente dele, porque eu fui julgado, fui considerado inocente pela Suprema Corte, pela primeira instância da ONU, pela segunda instância plena da ONU”, afirmou.
O ex-presidente continuou: “Estou aqui candidato para ganhar as eleições e aí, sim, num decreto só, eu vou apagar todos os seus sigilos, porque eu quero descobrir o que…” Nesse instante, o áudio do petista foi silenciado, em função do tempo extrapolado.
Logo em seguida, Bolsonaro pediu outro direito de resposta, que foi julgado improcedente.