O mês de setembro será marcado por calor acima da média e poucos dias frios. Os volumes de chuva serão menores do que os registrados em 2023, mas há risco de temporais e ciclones extratropicais. O mês marca a transição do inverno para a primavera.
Historicamente, o mês de setembro é um período com grandes volumes de chuva no Sul do Brasil, com muitos episódios passados de enchentes. No Rio Grande do Sul, é comum ouvir falar na “enchente de São Miguel”, na segunda metade do mês.
Este ano, o Rio Grande do Sul será o estado com mais chuva na região. A precipitação no mês deve ficar perto ou acima da média na maior parte do estado, porém algumas áreas podem anotar chuva abaixo da média. No entanto, o cenário é bem diferente do de 2023, com volumes de chuva bem abaixo dos registrados no ano passado.
A MetSul projeta um número muito baixo de dias de frio. Na primeira semana do mês, o ar frio ingressa sobre o território e traz algumas noites de temperatura baixa e geada em diferentes cidades. No entanto, essa não será a tônica do mês.
Em quase todo o Centro-Sul do Brasil, o mês de setembro deve ser marcado por temperaturas muito acima da média histórica. Na região Sul, o mês será quente, principalmente no Paraná.
Áreas mais ao Sul e ao Leste gaúcho devem ter mais dias de temperatura agradável ou amena, com proximidade dos valores médios históricos. Ainda assim, a tendência é de que o mês termine com marcas acima da média em muitos locais da Região Sul.
Risco de temporais
Setembro tende a ter um aumento dos episódios de tempo severo no Sul do Brasil. O risco é agravado com incursões tardias de ar frio, à medida que a presença de ar quente se torna mais comum sobre a região, com o fim do inverno.
O encontro de massas de ar frio e quente gera tempestades severas, sobretudo na chegada de frentes frias. Os temporais não necessariamente são mais intensos, mas ocorrem em maior número.
Em 2024, o risco de temporais com granizo e raios será maior na segunda metade do mês que tende a ter um padrão de instabilidade maior no Centro-Sul do Brasil, porém não se projeta uma alta frequência de tempestades como se viu no ano passado.
Por fim, setembro é um mês com maior propensão para a formação de ciclones extratropicais no Atlântico Sul, nas latitudes médias do continente, especialmente nos litorais da Argentina e Uruguai, e às vezes na costa do Sul do Brasil, uma vez que se torna mais frequente o encontro de massas de ar quente e frio na região. Devem ser esperados alguns ciclones na costa uruguaia e argentina, possivelmente já no começo do mês, impulsionando frentes frias para o Brasil.