O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, na sexta-feira (15), no Rio Grande do Sul, o valor de R$ 344,6 milhões para reconstrução de 13 municípios atingidos por eventos climáticos no ano passado no Estado.
A novidade foi divulgada em Lajeado, durante a primeira visita do petista ao Vale do Taquari. Lula participou de ato na Universidade do Vale do Taquari. A região foi a mais afetada por enchentes, em setembro do ano passado, quando 53 pessoas morreram e 5 seguem desaparecidas. Os valores serão destinados para a reconstrução de casas, construção de novas unidades habitacionais e obras viárias.
Serão construídas 857 residências do programa Minha Casa, Minha Vida Calamidades. Lula disse que veio por solidariedade à região devido às perdas, e revelou que sabe como é o drama de ver água entrando na casa e levando os móveis, pois já passou por isso.
“Quero que vocês saibam, e prefeitos que vieram aqui, nós nunca vamos perguntar de que partido ou religião vocês (…) A nossa obrigação é devolver a vocês o que mais amam e o que construíram”.
Os imóveis serão construídos nos municípios de Muçum, Roca Sales, Estrela, Arroio do Meio, Cruzeiro do Sul, Venâncio Aires, Colinas, Santa Teresa, Novo Hamburgo, Eldorado do Sul, Montenegro, Pelotas e Rio Grande. Já as obras de infraestrutura, orçadas em R$ 135 milhões, serão concentradas em 12 municípios, a maioria no Vale do Taquari, região mais afetada pelos desastres climáticos.
Governador vaiado
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), foi vaiado, nesta sexta durante evento com o presidente Lula. Após a manifestação negativa do público, Leite pediu para não fosse feito “de um momento como esse, um momento de diferenças partidárias”.
Nas eleições de 2022, ele se manteve neutro na disputa do segundo turno entre Lula e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Nós estamos juntos aqui. A gente pode pensar diferentes em muitos assuntos e pensamos, mas nós, antes de tudo, precisamos pensar no Brasil”, afirmou o governador.
Leite ainda fez uma referência a Bolsonaro que, “diante de uma pandemia que deveria unir o Brasil para enfrentar o vírus, preferiu dividir o País”.
“Não vamos fazer desse momento, que deve ser de união, para enfrentar a crise climática e o que se abateu no Vale do Taquari, momento de divisão. Se nós pensamos diferente sobre tantos outros assuntos, aqui há absoluta convergência”, completou.
Posteriormente, Lula agradeceu a presença do governador por seu trabalho no estado.
“Quero começar esse encontro primeiro cumprimentando o governador do estado do Rio Grande do Sul, obrigado pela presença. Mas não só pela presença, pelo trabalho que você junto do governo federal realizaram aqui”, declarou o presidente.
Lula viajou acompanhado de ministros: Rui Costa (Casa Civil), Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), Camilo Santana (Educação), Nísia Trindade (Saúde), Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), Carlos Fávaro (Agricultura), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação).
O petista retornou à Brasília no final da tarde desta sexta-feira (15).