O preço mínimo é o valor de referência garantido pelo governo na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM). É um seguro de preço ao produtor a custo zero e uma ferramenta relevante na decisão de plantio. Exerce papel de destaque como mecanismo de garantia de parte da receita do produtor, sobretudo, em caso de crise de preços que comprometa a viabilidade econômica da atividade.
Após levantamento feito por representantes do setor vitivinícola, constatou-se que existe a necessidade de reajuste do preço da uva. Olir Schiavenin presidente do sindicato dos trabalhadores rurais de Flores da cunha e Nova Pádua ressaltou que a decisão não depende deles e sim do conselho monetário nacional, através da Conab, do ministério da agricultura e do ministério da economia.
“Existe a necessidade de reajuste do preço da uva, não só neste ano como em todos os anos. Pois existem fatores como a inflação, o custo de produção aumentou significativamente em relação ao ano passado, os insumos, produtos tiveram um aumento exorbitante, dependemos do dólar, da inflação, fertilizantes, mão de obra. Tudo teve aumento. Então é justo que se repasse um percentual para que o produtor possa no mínimo cobrir o custo de produção, ter uma margem de lucratividade para seu trabalho, para seu investimento, por tudo aquilo que faz e que representa na produção de uva. Para o município é o principal produto agrícola e estamos lutando, trabalhando junto com todos os sindicatos, a comissão interestadual da uva para argumentar perante o governo e apresentar nosso custo. Nós temos uma comissão interestadual da uva que é composta por 22 sindicatos, tem abrangência em mais de 30 municípios da região do RS e SC. Nossa organização tem a competência de lutar, mas a responsabilidade e a caneta, quem tem para definir o preço não é a comissão da uva é o governo”, destaca Olir.
De acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), feito recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a projeção para a safra de uva de 2021 aumentou 4,9%.
Isso significa que a produção deve registrar 78,4 mil toneladas a mais do que o esperado anteriormente, totalizando uma safra de 1,7 milhão de toneladas. No caso de cultivo da uva para fins industriais, estima-se que a participação do estado gaúcho é superior a 90% do total produzido no país.
O preço deverá ser estabelecido até o fim deste mês.