O preço médio do litro da gasolina nos postos de abastecimento do País caiu 0,35%, para R$ 5,56, na primeira semana do ano, entre 31 de dezembro e 6 de janeiro, ante os sete dias anteriores, quando custou R$ 5,58 na média.
As informações constam do Levantamento de Preços dos Combustíveis (LPC) da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A pesquisa, tradicionalmente divulgada às sextas-feiras, foi adiada para esta segunda (8).
Essa foi a quinta semana seguida de queda no preço médio após um aumento pontual na virada de novembro para dezembro, que interrompeu uma sequência de 13 semanas de estabilidade ou quedas leves (R$ 0,01 ou R$ 0,02 por litro).
Ao fim de agosto, o preço médio da gasolina havia subido R$ 0,23 por litro, chegando a R$ 5,88, consequência direta de um aumento de 16,3% da Petrobras no preço praticado nas suas refinarias a partir de 16 de agosto. Desde então, a queda a conta-gotas do preço nas bombas se deve a ajustes concorrenciais do varejo; redução de 4% no preço das refinarias da Petrobras em 21 de outubro; e quedas nos preços do etanol anidro. O preço desse componente da mistura da gasolina voltou a subir nas últimas duas semanas, mas não a ponto de compensar quedas anteriores.
O etanol anidro responde por 27,5% da mistura da gasolina comum comercializada nos postos de abastecimento e tem ajudado a ancorar seu preço. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura da Universidade de São Paulo (Cepea/Esalq-USP), o preço médio do insumo nas usinas paulistas acumula queda de 14,6% desde 29 de setembro.
Essa queda acumulada já foi maior. Isso porque, nas duas últimas semanas, entre 25 de dezembro e 5 de janeiro, o etanol anidro ficou 1,2% mais caro, chegando a R$ 2,12 por litro na semana passada.
Diesel
O preço médio do litro do diesel S10 comercializado nos postos subiu 0,5%, a R$ 5,97 no período, em comparação com os sete dias anteriores, quando custava R$ 5,94 na média nacional.
O aumento é efeito direto da volta da cobrança integral do PIS/Cofins. O imposto estava zerado desde 2021 e o governo federal antecipou parte da volta do recolhimento já em setembro de 2023. A partir do dia 1º de janeiro, a arrecadação voltou a ser integral: R$ 0,35 por litro de diesel.
A volta do imposto reverte parte das quedas ligadas à redução no preço do produto vendido pela Petrobras a distribuidores em suas refinarias a partir de 27 de dezembro (-7,9% ou R$ 0,30 por litro). Os reajustes da Petrobras são repassados pelos varejistas ao consumidor final. Em geral, há um impacto inicial e, depois, um efeito residual ligado à dinâmica de estoques dos revendedores.