Os três policiais militares envolvidos na morte de Gabriel Marques Cavalheiro, de 18 anos, em São Gabriel, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, foram indiciados, nesta segunda-feira (29) no inquérito militar instaurado pela Brigada Militar (BM). O sargento e os soldados, que estão presos preventivamente, respondem por homicídio qualificado, falsidade ideológica e ocultação de cadáver.
O advogado Mauricio Adami Custódio diz que o sargento Arleu Junior Cardoso Jacobsen, “além de inocente, ele está sendo injustiçado” no caso. Já a defesa dos soldados Cleber Renato Ramos de Lima e Raul Veras Pedroso, aguardava acesso ao laudo da perícia sobre a morte de Gabriel para se manifestar.
O comandante-geral da BM, coronel Claudio dos Santos Feoli, afirma que o indiciamento se dá por homicídio qualificado.
“Diante dessas condutas irregulares, também não há como não citar as questões que são afetas ao crime de homicídio, então agora claramente doloso, com as qualificadoras de motivo fútil, de emprego de tortura, a traição, surpresa que dificultou e tornou impossível a defesa da vítima, e prevalecendo o agente da situaçao de seviço”, diz.
A Corregedoria-Geral pede a exclusão dos policiais dos quadros da corporação.
“Não nos resta outra alternativa, senão, estirpa-los dos nossos meios”, afirma Feoli.
O inquérito da Polícia Civil também deve ser concluído esta semana. Em depoimento, no sábado (27), os três negaram agressões contra Gabriel.
Fonte: G1