A Polícia Civil diz que está “com fortes indícios” de que Fabiane Oliveira, de 36 anos, foi assassinada, e não vítima de um acidente em Mato Queimado, no Noroeste do Rio Grande do Sul.
O carro em que ela estava afundou no Rio Ijuí após não parar sobre uma balsa que faria a travessia em direção a Guarani das Missões em 26 de agosto deste ano. O marido dela, cujo nome não foi divulgado, é quem dirigia. Ele é o suspeito do crime.
“Estamos até o presente momento com fortes indícios de que possa ter havido um feminicídio e tentativa de homicídio. Isso somente pode ser alterado se acaso houver uma conclusão por parte da perícia de que o veículo tenha apresentado algum problema de aceleração”, explica o delegado Afonso Stangherlin, responsável pela investigação.
A análise do Instituto-Geral de Perícias (IGP) é necessária, segundo o delegado Stangherlin, porque o marido da vítima disse que não conseguiu parar o veículo sobre a balsa devido a problemas mecânicos. Não há um prazo para a conclusão da perícia.
“Pelo que se apurou, ele passou acelerando pela barca. Não parou. Alegou que o veículo apresentou problemas e teria trancado a aceleração. Então, exceto se de fato a perícia constatar problema mecânico no veículo, há possibilidade de indiciamento pelo feminicídio. Até pelo fato de estar embriagado e estar dirigindo”, afirma o delegado.
Ele não entra em detalhes em relação à motivação do suspeito para cometer o crime. Diz que todas as testemunhas necessárias para o caso foram ouvidas e que apura de onde o casal havia partido e o que aconteceu naquela ocasião.