A Polícia Civil faz buscas a um homem suspeito de matar a namorada no bairro Lomba do Pinheiro, na zona leste de Porto Alegre. O crime ocorreu na madrugada de domingo (26). Laila Vitória, de 20 anos, era do Pará e estava na capital gaúcha com André Ávila, de 37 anos. Eles se conheceram pela internet.
Segundo a Polícia Civil, o homem usou uma faca e espadas para matar a companheira. Depois, ele ainda queimou parcialmente o corpo da vítima em uma lareira.
Em nota, o advogado Jean Maicon Kruse, que representa André, ”informa que o defendido não praticou os atos a ele imputados na forma que vem sendo estampado em alguns veículos de imprensa local”. A defesa acrescenta que ”nega com veemência que os fatos apurados nas investigações possuam motivações religiosas e ou que a jovem tenha sido mantida em cárcere privado”.
Nas redes sociais, André se apresenta como ”Victor Samedi”. Em um dos seus perfis na internet, o homem reúne 35 mil seguidores. Ele diz ser necromante e especialista em trabalhos de magia, como rituais de vingança e quebra de feitiços e demandas.
A delegada Cristiane Ramos, que investiga o feminicídio, afirma que o crime não tem relação com rituais religiosos.
”Embora a casa tenha toda aquela simbologia dessa religião, nós não verificamos nenhuma simbologia que nos leve a entender que é um tipo de ritual. O que a gente verifica é que estamos numa situação de violência de gênero relacionada ao ciúme, a uma relação que estava evoluindo com muitas brigas e muita agressividade”, diz a delegada.
Conforme os registros policiais, André Ávila tem antecedentes. Em 2007, ele foi condenado por triplo homicídio tentado.
Nota da defesa
A defesa do Srº ANDRÉ AVILA informa que o defendido não praticou os atos a ele imputados na forma que vem sendo estampado em alguns veículos de imprensa local. É necessário esclarecer que com extrema brevidade e no transcurso das investigações a defesa demonstrará a verdade real dos fatos.
Que o Sr° André, por sua defesa nega com veemência que os fatos apurados nas investigações possuam motivações religiosas e ou que a jovem tenha sido mantida em cárcere privado.
O mérito deverá ser analisado com a demanda de tempo e produção de provas, no sentido de se apurar os fatos, a falta de culpabilidade, incidência de ação e reação.
Que a defesa do assistido já manteve contato com a autoridade policial gaúcha para mediar a apresentação espontânea de seu cliente o qual se colocará imediatamente à disposição para colaborar e contribuir com a elucidação dos fatos e busca da verdade.
Esclarece ainda que qualquer cidadão brasileiro possui direito a ampla defesa e ao contraditório, não cabendo nesse momento nenhum juízo de valor ou pré-julgamento.
FONTE: RBS TV