Pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (28) aponta que 48% dos entrevistados que sabiam da manifestação de Jair Bolsonaro na Avenida Paulista, em São Paulo, não acreditam que o ato vai influenciar as investigações contra o ex-presidente e aliados.
Para 34%, por outro lado, a manifestação deve acelerar o ritmo e 11%, que deve reduzir.
O levantamento ouviu 2 mil pessoas entre os dias 25 e 27 de fevereiro, em 120 cidades e foi encomendado pela Genial Investimentos.
A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos e, quando a base utilizada é de quem sabia da manifestação, a margem de erro é de 3 pontos percentuais.
O ato correu no domingo (25) e contou com a presença de Bolsonaro e apoiadores. Durante o evento, o ex-presidente defendeu a anistia para presos do 8 de janeiro e negou ter tentado um golpe de Estado.
A pesquisa perguntou aos entrevistados se Bolsonaro havia participado de um plano de golpe de Estado. Ao todo, 47% responderam que sim, enquanto 40% negaram. Os que não sabem ou não responderam são 13%.
Bolsonaro é alvo de uma investigação da Polícia Federal (PF) que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado, no âmbito da operação Tempus Veritatis. Parte da investigação envolve a realização de uma reunião ministerial em 5 de julho de 2022. Nela, Bolsonaro diz a ministros que eles não poderiam esperar o resultado da eleição para agir. Os advogados do presidente afirmam, no entanto, que ex-presidente nunca pensou em golpe.
Inelegível
A Quaest também perguntou aos entrevistados se a Justiça acertou ou errou ao tornar Bolsonaro inelegível. Para 51%, houve um acerto da Justiça ao impedir que o ex-presidente dispute as próximas eleições. Por outro lado, 40% afirmaram que o Judiciário errou na decisão. Segundo a pesquisa, 10% dos entrevistados não sabem ou não responderam.
Bolsonaro foi declarado duas vezes inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), após o julgamento de duas ações, em 2023. Com isso, o ex-presidente fica impedido de participar das eleições de 2024, 2026 e 2028.
Perseguição
Os entrevistados também foram questionados se acreditam que Bolsonaro está sofrendo uma perseguição. Para 53% dos entrevistados, o ex-presidente não está sendo perseguido. Por outro lado, 39% acreditam que Bolsonaro é alvo de uma perseguição. 7% não souberam ou não responderam.
Resultado da manifestação
Também foi questionado se Bolsonaro sai mais forte ou mais fraco da manifestação feita no dia 25 de fevereiro, em São Paulo. De acordo com levantamento, 50% dos entrevistados acreditam que o ex-presidente sai mais forte do ato. Já para 26%, Bolsonaro ficou mais fraco.
Ao todo, 14% dos entrevistados disseram, de forma espontânea, que Bolsonaro não ficou mais forte ou mais fraco após o ato na Avenida Paulista. Não sabem ou não responderam somam 11%.