Entre os dias 31 de janeiro e 2 de fevereiro, a Polícia Penal gaúcha desencadeou operações em três unidades prisionais, que resultaram na apreensão de 75 celulares. As ações fazem parte da terceira fase da Operação Mute, realizada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), com o objetivo de combater a comunicação ilícita do crime organizado e reduzir os índices de violência em âmbito nacional.
A operação ocorreu de forma simultânea em todo o país e contou com a atuação de servidores penitenciários federais e estaduais em mais de 100 unidades prisionais. Ao todo, no Rio Grande do Sul, 120 celas foram revistadas, totalizando 826 apenados. As revistas ocorreram, na quarta-feira, 31/01, no Complexo Prisional de Canoas; na quinta-feira, 1º/02, na Penitenciária Modulada Estadual de Montenegro; e, na sexta-feira, 02/02, na Penitenciária Estadual de Sapucaia do Sul.
O titular da Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo (SSPS), Luiz Henrique Viana, destaca que o governo do Estado tem investido em ações estratégicas para contribuir com a redução dos índices de criminalidade. “Com o Programa RS Seguro, temos alcançado bons resultados no combate ao crime. A Polícia Penal gaúcha desempenha um papel importante nesse contexto, com a realização de diversas revistas em unidades prisionais. E a participação na Operação Mute, em parceria com órgãos federais, é um exemplo desse trabalho integrado e com o objetivo de trazer mais segurança para a sociedade”, afirma Viana.
Nesta fase, foram mobilizados cerca de 180 servidores, que fazem parte do Grupo de Ações Especiais (Gaes), do Grupo de Intervenção Rápida (GIR) da 1ª Região Penitenciária e das equipes das unidades.
A coordenação foi feita pelo Departamento de Inteligência e Operações Estratégicas da SSPS e pelo Departamento de Segurança e Execução Penal da Polícia Penal, com participação do Departamento de Inteligência da instituição.
O superintendente da Polícia Penal, Mateus Schwartz, enfatiza que a atuação da Polícia Penal na terceira fase da Operação Mute demonstra a capacidade técnica do Gaes e dos GIRs. “Os nossos grupos táticos são referência no país e têm um papel muito importante para a redução dos índices de criminalidade no Rio Grande do Sul”. O superintendente também ressalta o empenho de todos os servidores penitenciários para tornar o sistema prisional cada vez mais seguro.
Esta é a maior operação realizada pela Senappen no contexto de combate ao crime organizado, devido ao número de estados participantes e à quantidade de servidores penitenciários envolvidos e de unidades prisionais revistadas.
Fases anteriores
A primeira fase foi realizada no período de 16 a 27 de outubro de 2023 e resultou na apreensão, em todo o país, de 1.166 aparelhos celulares. As operações ocorreram em 68 unidades prisionais, de 26 estados. Ao todo, 55.919 pessoas privadas de liberdade foram revistadas.
Na segunda fase, que ocorreu de 11 a 15 de dezembro do último ano, houve a apreensão de 1.294 aparelhos celulares. A operação foi realizada em 114 estabelecimentos, de 26 estados e do Distrito Federal, totalizando 75.672 apenados revistados.