O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes autorizou que a PF (Polícia Federal) abra uma investigação contra o prefeito de Farroupilha, Fabiano Feltrin (PL), para apurar se houve incitação ao crime após ele sugerir colocar o magistrado na guilhotina durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais.
A declaração foi dada na última quinta-feira (25), quando o município da Serra Gaúcha recebeu a visita do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Na ocasião, o prefeito afirmou, em meio a risos, que homenagearia Moraes colocando o ministro na guilhotina.
“A homenagem a ele eu vou mostrar. É só colocar ele aqui na guilhotina”, disse Feltrin. Após o ofato ganhar repercussão nacional, a PGR (Procuradoria-Geral da República) acionou o STF. O inquérito estava sob sigilo, mas foi derrubado na decisão de Moraes.
“Acolho a manifestação da Procuradoria-Geral da República e determino o encaminhamento dos autos à Polícia Federal para adoção das providências cabíveis, apresentando relatório a esta Suprema Corte no prazo de 60 dias”, afirmou o ministro na decisão.
Manifestação do prefeito
“Num evento político, quando perguntado, fiz uma brincadeira envolvendo o nome do ministro Alexandre de Moraes. Embora eu seja, de fato, um crítico de sua atuação como magistrado, é inadequada qualquer alusão a atos de violência. Alusão semelhante já foi usada em outro momento pelo próprio ministro, mas isso não exime o equívoco ao qual reitero meu pedido de desculpas. A fala, portanto, não refletiu nenhuma vontade pessoal ou qualquer espécie de incitação. Minha trajetória mostra que sempre respeitei as pessoas e as instituições – e assim quero prosseguir”, afirmou Feltrin em nota após o ocorrido.