Um menino de 2 anos foi acorrentado pela própria mãe no pátio de casa em Sapiranga, na Região Metropolitana de Porto Alegre. O caso chegou ao Conselho Tutelar do município no dia 20 de dezembro após uma ligação relatando suspeita de maus-tratos.
A equipe do órgão de proteção recebeu uma imagem em que a criança aparecia presa a uma corrente. De acordo com os conselheiros tutelares, a mulher, de 46 anos, teria se negado a permitir a entrada da equipe que se deslocou até o local.
Diante da resistência, a Brigada Militar (BM) fez nova tentativa de contato com a mulher para acessar a residência. Como não houve sinalização positiva, “a guarnição necessitou intervir para salvaguardar a integridade física”.
Conforme o Conselho Tutelar, no momento em que conseguiram entrar na casa, a criança estava em um quarto, mexendo em um celular. Quando foi exibida a imagem do menino acorrentado, a mãe teria admitido a prática.
“Ela disse que foi no intuito de educá-lo, puni-lo. Ele comia a ração do cachorro e ela queria provar que ele não era um cachorro”, relatou o conselheiro tutelar Vanderlei Araújo.
Segundo Araújo, a criança tinha marcas aparentes nas costas. Em um primeiro momento, ele foi levado para a avó paterna. Agora, a guarda do menino está com o pai.
A mulher foi encaminhada a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para avaliação médica e depois para a delegacia para registro de ocorrência. A criança também passou por exames.
A Polícia Civil informou que foi instaurado um procedimento para apuração da conduta da mãe da criança.
Como denunciar
Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos à criança e ao adolescente devem ser comunicados ao Conselho Tutelar mais próximo.
O Disque 100 recebe, analisa e encaminha denúncias de violações de direitos humanos em todo o Brasil.