Pouco mais de uma semana após o anúncio da nova marca “Meta”, o logo em forma de “M”, que tem sido acusado de cópia por outras empresas, já começa a aparecer em todos os aplicativos do que foi outrora o Facebook. Ao notarmos a velocidade com a qual o rebranding tem sido implantado no universo (agora metaverso) de Mark Zuckerberg, percebemos uma pressa em mudar a percepção do público em relação à antiga marca.
O novo logotipo aparece em todos os aplicativos das plataformas Android e iOS, mostrando que o rebranding está a serviço da estratégia da gigante de Menlo Park, que agora investe todas as suas fichas na tecnologia do metaverso. Ao focar em um universo virtual imersivo, a empresa acaba se afastando da sua premissa tradicional de rede social, nome com o qual se confundia até o final de outubro.
Com a exposição aos bilhões de usuários, tanto nos aplicativos como na mídia, o conceito “metaverso” vem ganhando tanto destaque que até outros pesos pesados da tecnologia, como a Microsoft, têm investido em ambientes imersivos. Na terça-feira passada (2), a companhia de Redmond anunciou, durante o evento Ignite 2021, o seu Mesh para Teams, que permite que seus utilizadores usem avatares autoexpressivos em ambientes virtuais.
Mergulho no metaverso ou fuga do Facebook?
Fonte: Pixabay/Reprodução
Embora se saiba que a Meta esteja trabalhando no desenvolvimento de experiências com AR (realidade aumentada) e VR (realidade virtual), detalhes específicos não foram divulgados. Não se sabe ainda até que ponto essas experiências anunciadas com grande destaque irão afetar, na prática, o funcionamento do Facebook, único produto que manteve o nome original.
Isso pode ser um sinal que, mais do que um mergulho no metaverso, o rebranding pode ser uma tentativa de dissociação da marca “Facebook”, que sofre em todo o mundo processos e acusações de comportamento antiético. Ao adotar o logotipo da Meta, o chefe do WhatsApp, Will Cathcart, fez questão de destacar que o aplicativo de mensagens era “mais do que apenas Facebook”.