O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou nesta terça-feira (27/6) o primeiro caso de gripe aviária em uma ave doméstica, em uma criação voltada à subsistência. A doença foi detectada em um grupo de animais onde havia pato, ganso, marreco e galinha, na cidade de Serra, Espírito Santo.
Desde a entrada do vírus no Brasil, em 15 de maio, já foram detectados 53 focos de gripe aviária — quase todos em aves silvestres. A doença preocupa porque causa grande mortandade entre os animais e, caso chegue à produção comercial, pode acarretar em embargos para o comércio internacional.
“É importante ressaltar que a ocorrência do foco confirmado de IAAP [Influenza Aviária de Alta Patogenicidade] em aves de subsistência não traz restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros. O consumo e a exportação de produtos avícolas permanecem seguros”, frisou a pasta em comunicado.
Esforços para contenção
O Mapa disse ainda que já estão sendo aplicadas as medidas sanitárias para conter e erradicar o foco. Também foram intensificadas as ações de vigilância nas aves domésticas da região. Com o surto da doença, o ministério está coordenando um esforço para contenção da gripe aviária desde a detecção dos primeiros casos. Há um surto mundial da doença, especialmente na América do Sul.
A pasta reforça que a população deve evitar o contato direito, sem proteção adequada, com aves mortas ou doentes. Todas as suspeitas da doença em aves domésticas ou silvestres, como a detecção de sintomas respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita, devem ser notificadas imediatamente à autoridade estadual de saúde animal ou ao Mapa, por meio do sistema e-Sisbravet.