A Polícia Civil de Soledade registrou uma ocorrência no fim da tarde desta terça-feira (27), de mais um golpe do conto do bilhete premiado em Soledade, desta vez, uma idosa de 70 anos foi a vítima.
Conforme o boletim de ocorrência, a mulher foi abordada por um homem na Avenida Marechal Floriano Peixoto próximo ao calçadão por volta das 13h.
O homem, de aparência humilde e com fala simples, queria saber de um endereço de uma pessoa que tinha ficado devendo a ele R$ 5,00, no entanto ela não sabia o local. Um segundo homem – integrante do golpe – chegou até eles se passando por um empresário e oferecendo ajuda.
O homem simples informou que tinha um bilhete e precisava do dinheiro para retirar um prêmio. O segundo golpista então fez uma ligação falsa para a Caixa e disse que o bilhete premiado era de R$ 2,8 milhões.
No entanto, o primeiro golpista não poderia aceitar esse dinheiro porque sua religião não permitiria, então o segundo sugeriu que ele e a vítima soledadense ficassem com o prêmio, contudo, pagando R$ 100 mil cada para o homem.
Foi aí que a mulher, segundo o relato, teria aceitado. Ela então entregou a sua carteira com todos os cartões para o suposto empresário realizar as movimentações necessárias no banco para pagar ao homem os R$ 100 mil de sua parte, enquanto ela ficou com o primeiro golpista.
De acordo com o registro, o homem se aproveitou da posse dos cartões da mulher e realizou diversas transferências e utilizou o cartão de crédito da vítima. O prejuízo estimado foi de R$ 32 mil. Ele até tentou sacar mais, mas não conseguiu devido ao bloqueio por parte do banco e que só amanhã seria possível. Para ela, ele disse que não havia conseguido realizar as transações.
Então o homem sugeriu que amanhã continuassem com as movimentações financeiras e devolveu a carteira dos cartões para a mulher, momento em que disse que iria para Passo Fundo levar o homem simples de volta para sua casa. A vítima não conseguiu identificar o carro, apenas a sua cor cinza.
A mulher teria ido até o banco para realizar um empréstimo dos R$ 100 mil quando percebeu que poderia se tratar de um golpe e, ao abrir sua bolsa, viu que onde antes estavam seus cartões, tinha apenas uma pedra.
A movimentação aproximada segundo a polícia foi de R$ 9 mil em um cartão de crédito e saques/transferências de R$ 10 mil em um banco e R$ 13 mil em crédito minuto em outro banco, no entanto, o prejuízo ainda pode ser maior.
A Polícia Civil já está investigando o caso e orienta a população a desconfiar de casos como esse em que os criminosos apresentam situações muito improváveis de enriquecimento rápido e fácil, com uma contrapartida em dinheiro da vítima.