O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou, nesta quarta-feira (27), que o horário de verão só será reestabelecido no Brasil caso existam evidências de que há necessidade de suprimento do setor elétrico.
“Como o setor elétrico é um setor extremamente sensível e, que ele depende também, não somente, mas também, do índice pluviométrico, é que por mais que a ciência já tenha, e nos dá norte de possibilidades e referências do quanto vai chover, é importante que nós, o tempo todo, nos mantenhamos precavidos sobre a afirmação de que vai ou não vai acontecer. O horário de verão, ele só acontecerá, é evidente, se tiver sinais e evidências de uma necessidade de segurança de suprimento do setor elétrico brasileiro. Por enquanto, não tem sinais nenhum nesse sentido”, explicou Silveira.
“Nós estamos no melhor momento dos últimos 10 anos nos reservatórios. Existe uma questão grave pluviométrica do norte do país que causa impacto sociais gravíssimos, em especial nos municípios do Amazonas, que está sendo tratado pelas áreas devidas pelo ministro Valdez [Góes, ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional] e pelo Ministério da Defesa, socorrendo a população daquela região”, prosseguiu.
Após ganhar as eleições de 2022, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu uma enquete no X (antigo Twitter) questionando os seguidores se eles são favoráveis ou não ao retorno da medida. Com mais de 2 milhões de votos, o “sim” ganhou com 66,2%.
Instaurado na década de 1930 pelo ex-presidente Getúlio Vargas, o horário de verão foi extinto no primeiro ano de governo de Jair Bolsonaro (PL), em 2019.
Durante a campanha, Lula não citou se o retorno do horário era uma proposta ou não.
Restaurantes
Na última semana, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) informou que enviou uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pedindo o retorno do horário de verão.
O documento também foi enviado ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e ao ministro do Turismo, Celso Sabino.
A associação afirma que o horário de verão gera impacto direto no faturamento dos bares e restaurantes, com alta estimada de 10% a 15%.