No último dia 18, o governador Eduardo Leite (PSDB) anunciou a retirada da construção de uma ponte definitiva entre Farroupilha e Nova Roma do Sul da lista de projetos emergenciais do governo federal. A decisão veio após a comunidade local se mobilizar para restabelecer a ligação por meio de uma ponte metálica, reproduzindo as características da histórica estrutura derrubada em setembro pela enxurrada do Rio das Antas. A ponte provisória será reinaugurada neste sábado (20).
A informação foi divulgada pelo governador, que explicou que o Estado continua comprometido com a reconstrução da travessia, mas precisará buscar recursos em outras fontes devido à recusa de apoio financeiro por parte do Ministério da Integração, governo federal e Defesa Civil Nacional. Segundo Leite, a implantação da ponte metálica retirou o caráter de emergencialidade do projeto aos olhos dessas entidades.
Diante desse cenário, o governo estadual propõe a construção de uma nova estrutura, cinco metros mais alta e com 180 metros de extensão. A proposta inclui a utilização de concreto e um traçado diagonal em relação ao curso d’água, visando não apenas a praticidade para os motoristas, mas também a redução da pressão do rio sobre a ponte.
O governador destacou que reconstruir a ponte nas mesmas características anteriores não seria apropriado, uma vez que a estrutura anterior não resistiu à força das águas. A ponte original foi construída durante a gestão de Getúlio Vargas como presidente do Rio Grande do Sul, entre 1928 e 1930.
Leite elogiou a mobilização da comunidade para a implantação da ponte de ferro, considerando a ação da Associação Amigos de Nova Roma como decisão elogiável. Ele ressaltou que o governo não poderia executar a reconstrução da ponte da mesma forma anterior, sob o risco de ser questionado legalmente por investir em uma estrutura vulnerável às condições climáticas.
Inicialmente, a previsão era de que a nova estrutura fosse entregue no final de 2024. No entanto, diante da negativa dos recursos federais, o governador não confirmou se o cronograma será mantido. O desafio agora é buscar apoio da Bancada Federal e viabilizar a execução do projeto por meio de recursos estaduais.