As tropas israelenses destruíram, nesta terça-feira (31), a casa da família de Saleh al-Arouri, o comandante exilado das forças do Hamas na Cisjordânia ocupada, enquanto as forças de segurança seguem reprimindo os líderes do grupo radical islâmico.
Arouri, braço direito do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, está entre um grupo de líderes apontados por autoridades israelenses, que prometeram destruir o Hamas em retaliação pelo ataque de 7 de outubro ao sul de Israel.
Líder veterano do Hamas que passou 17 anos em prisões israelenses, Arouri ganhou destaque em 2014 ao admitir o sequestro e assassinato de três adolescentes israelenses em um assentamento na Cisjordânia.
Desde então, ele tem estado por trás de uma expansão constante dos quadros políticos e dos homens armados do Hamas em toda a Cisjordânia, onde a facção rival Fatah do presidente palestino, Mahmoud Abbas, controla a Autoridade Palestiniana.
Sua casa, que os moradores locais disseram não estar ocupada, estava programada para ser demolida desde a semana passada. As forças de segurança a explodiram nas primeiras horas da manhã, segundo testemunhas.
Após 18 meses de escalada constante de violência na Cisjordânia, as forças israelenses apertaram ainda mais a repressão desde o ataque de 7 de outubro, efetuando centenas de detenções e conduzindo ataques regulares que resultaram em confrontos.
Pelo menos 121 palestinos foram mortos ali nas três semanas desde o ataque. Nesta terça-feira, um menino de 14 anos atingido durante um confronto perto da cidade de Nablus, no norte da Cisjordânia, morreu em decorrência dos ferimentos e, em um incidente separado, um homem de 70 anos foi morto durante um confronto na cidade de Tubas.