O ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB) sinalizou com a possibilidade de disputar a eleição deste ano à Presidência da República como vice na chapa da senadora Simone Tebet, pré-candidata do MDB.
Por mais que o nome dele ainda seja cogitado para concorrer ao Palácio do Planalto pelo PSDB, Leite disse que está disposto a deixar de lado interesses pessoais para que seja possível construir uma candidatura de terceira via capaz de vencer a polarização. Segundo ele, Tebet é capaz de liderar esse movimento.
“Temos de ter um entendimento do nosso papel como lideranças políticas, não apenas buscando ocupar um espaço político concorrendo, mas apoiando eventualmente aqueles que tenham essa capacidade. Entre outras pessoas, há o nome da senadora Simone Tebet, que tem toda a condição de ser uma liderança nesse projeto. É muito prematuro falar em que posição cada um tem que assumir. Mas a disposição nossa tem que ser construindo, apoiando, disputando na chapa como vice-presidente, se for o caso”, disse o ex-governador na segunda-feira (4), em entrevista à Rádio Eldorado.
“Tudo tem de ser muito conversado para viabilizar aquilo que tenho mais capacidade eleitoral. Tenho muito respeito pelo mandato da senadora, e sua aspiração legítima de se apresentar como candidata. Ainda não avançamos em conversas nessa direção, mas haverá o momento apropriado”, acrescentou.
Em novembro do ano passado, Leite disputou contra o ex-governador de São Paulo João Doria e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio Neto as prévias do PSDB que definiram quem seria o candidato do partido na eleição presidencial. Doria foi o vencedor, mas a candidatura dele ainda não é certeza, visto o fraco desempenho nas pesquisas eleitorais.
Diante disso, Leite tem o apoio de uma ala do PSDB para liderar a chapa da sigla no pleito. O ex-governador, contudo, disse que respeitará o resultado das prévias e que Doria tem o seu apoio. No entanto, ponderou que o partido tem de monitorar a viabilidade da candidatura do ex-governador de São Paulo para evitar um resultado frustrante nas urnas.
“O PSDB reconhece a legitimidade das prévias, mas sabe também que vai precisar estar atento à competitividade das candidaturas.”