O republicano Donald Trump declarou vitória como 47º presidente dos Estados Unidos. Condenado por crimes, ainda sob julgamento quanto à atuação contra os resultados eleitorais de 2020, o polêmico magnata fez seu discurso triunfante de retorno ao governo da nação mais poderosa do mundo. A vitória foi confirmada, por projeções de diversas consultorias e veículos de imprensa, nesta quarta-feira.
Trump reivindicou ‘uma vitória política nunca vista antes’ nos Estados Unidos. ‘Fizemos história’, proclamou ele aos seus partidários em West Palm Beach, Flórida. ‘Vamos ajudar o nosso país a se curar’, acrescentou o republicano.
Com desempenhos acima do esperado no chamado “Blue Wall” (paredão azul), ele rompeu os bastiões democratas e conseguiu os delegados da região que inclui Michigan, Wisconsin e Pensilvânia, e que costumeiramente vota no partido rival. Foi o momento chave para confirmar seu lugar na Casa Branca.
Agora, o mundo se prepara para um governo que prometeu, na campanha, ser ainda mais agressivo nos traços já afirmados de Trump e sua retórica anti-progressista.
A adversária, Kamala Harris deve ser pronunciar na manhã desta quarta. Mais cedo, representante da campanha salientou que ainda aguardavam as contagens voto a voto de Michigan, Pensilvânia e Wisconsin.
A Carolina do Norte e a Geórgia foram os primeiros dos sete estados-pêndulos a anunciar seus resultados, e o candidato republicano venceu em ambos. Os resultados dos republicanos superaram a expectativa de uma eleição acirrada, o que culminou ainda na retomada do Senado.
Trump acumulou vitórias nos redutos republicanos da Flórida e do Texas, enquanto Kamala venceu em Nova York, Califórnia e na capital, Washington.
Os americanos viveram a noite com ansiedade, enquanto o mundo observa, atento às repercussões na guerra na Ucrânia, nos conflitos no Oriente Médio e nas questões sobre aquecimento global, que Trump considera uma falácia. Também está em jogo o controle do Congresso, com a renovação dos 435 assentos da Câmara dos Representantes e de 34 das 100 cadeiras no Senado, além de várias disputas para governador.
Os republicanos conseguiram duas novas cadeiras no Senado, o que garante a maioria do partido na Câmara Alta, essencial para a aprovação de reformas. Alguns estados também realizam referendos sobre o polêmico tema do direito ao aborto. Na Flórida, uma consulta para suspender as restrições à interrupção da gravidez foi rejeitada.
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