O julgamento de Alexandra Salete Dougokenski, acusada de matar o filho, Rafael Winques, em maio de 2020, terá início nesta segunda-feira. Inicialmente previsto para ocorrer em abril, o júri foi antecipado e será realizado no Salão do Júri da Comarca de Planalto, no Norte do Rio Grande do Sul. A juíza de Direito Marilene Parizotto Campagna presidirá o julgamento. Serão ouvidas em plenário 11 testemunhas, entre as arroladas por acusação e defesa.
As que não residem na Comarca, três no total, irão depor por videoconferência. O júri era para ter ocorrido em março do ano passado, mas acabou dissolvido depois que a bancada de defesa da ré abandonou o plenário. Conforme o Tribunal de Justiça do RS (TJRS), também foi deferida a acareação de Rodrigo Winques com Alexandra Dougokenski. O pai de Rafael, que figura no processo como assistente de acusação, deverá permanecer incomunicável até o interrogatório da ré. A acareação é um procedimento previsto no Código de Processo Penal (art.229).
O tempo destinado ao Ministério Público e à banca de advogados que representam Alexandra será de duas horas e meia para cada. E de duas horas para a réplica e outro tanto para a tréplica, conforme ajustado pelas partes. Pelo Ministério Público, atuarão os promotores de Justiça Diogo Gomes Taborda, Marcelo Tubino Vieira e Michele Taís Dumke. Na assistência de acusação, o Advogado Daniel Figueira Tonetto. E pela defesa, o Advogado Jean Severo.
Rafael Mateus Winques, 11, foi morto no dia 15 de maio de 2020. O corpo do menino foi encontrado dentro de uma caixa de papelão no terreno da casa vizinha à sua. A mãe de Rafael, Alexandra Dougokenski, responde pela autoria do crime. Conforme denúncia do Ministério Público, Alexandra matou o filho Rafael por se sentir incomodada com as negativas dele em acatar suas ordens e diminuir o uso do celular e os jogos on-line.