Investigado por uma suposta tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro convocou uma nova manifestação, desta vez no Rio de Janeiro, na praia de Copacabana, a partir das 10h da manhã, no próximo dia 21 de abril, feriado nacional de Tiradentes.
“Estou te convidando para uma grande manifestação no Rio de Janeiro, na Praia de Copacabana. Estaremos dando continuidade ao que aconteceu em São Paulo, no dia 25 de fevereiro. Estamos discutindo, levando informações para vocês, juntamente com autoridades e o pastor Silas Malafaia, sobre o nosso Estado Democrático de Direito e, também, falarmos sobre a maior fake news da história do Brasil, que está resumida hoje na minuta de golpe”, disse o ex-presidente.
“Vamos lutar pela nossa democracia e nossa liberdade”, acrescentou.
Desta vez, o ex-presidente não fez nenhum pedido para que seus apoiadores se recusem a levar cartazes com ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), como fez quando convocou o ato na Avenida Paulista, em São Paulo, em fevereiro.
O ex-presidente está em Alagoas junto com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Na sexta-feira (5), ele recebeu o título de cidadão honorário do Estado. Na ocasião, mencionou a intenção de organizar uma nova manifestação.
Bolsonaro, generais das Forças Armadas e ex-ministros de Estado são investigados pela Polícia Federal por uma tentativa de golpe.
De acordo com as investigações, o grupo planejou anular o resultado das eleições de 2022, evitar a posse de Luiz Inácio Lula da Silva e prender ministros da Suprema Corte do País. Ao menos três minutas golpistas foram encontradas em posse do ex-presidente e de aliados.
Em 8 de fevereiro, a Polícia Federal (PF) cumpriu 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva na operação que investiga a tentativa de golpe, batizada de Tempus Veriratis. Depois disso, Bolsonaro convocou a manifestação na Paulista.
Em São Paulo, o ex-presidente se disse perseguido e pediu anistia a golpistas que participaram do ataque à Praça dos Três Poderes, no dia 8 de Janeiro. O ex-mandatário também negou liderar uma articulação golpista depois da derrota nas eleições.
Em depoimento à PF, o ex-comandante do Exército general Marco Antônio Freire Gomes disse que o documento foi apresentado a ele durante reunião no Palácio da Alvorada, em 7 de dezembro de 2022.