O Ministério da Justiça oficializou a demissão de Humberto Gleydson Fontinele Alencar do cargo de diretor da Penitenciária Federal de Mossoró (RN). A portaria foi publicada na edição do Diário Oficial da União desta sexta-feira (5).
Ele estava afastado do cargo desde o dia 14 de fevereiro, quando dois detentos fugiram do presídio. Segundo a portaria, a dispensa definitiva começa a ser contada desde o dia do afastamento do diretor do cargo.
A demissão de Alencar aconteceu após a recaptura dos dois fugitivos da penitenciária de Mossoró. Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento foram encontrados pela polícia em Marabá (PA), na quinta-feira (4).
As buscas pelos fugitivos duraram 50 dias. Somente na esfera federal, a operação para recapturar os detentos custou R$ 2,1 milhões aos cofres públicos.
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou que Rogério e Deibson permanecerão presos em celas separadas no presídio de Mossoró e serão monitorados constantemente. Segundo ele, a segurança da penitenciária foi reforçada.
Fuga
Rogério e Deibson fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró na Quarta-Feira de Cinzas. Os dois presos, que são do Acre e integram o Comando Vermelho, estavam na unidade desde setembro de 2023.
A fuga dos detentos foi a primeira registrada na história do sistema penitenciário federal, que inclui ainda as penitenciárias de Brasília (DF), Catanduvas (PR), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO).
Para deixar a cadeia, os detentos abriram uma passagem atrás de uma luminária do presídio e cortaram duas cercas de arame. Segundo as investigações, eles usaram ferramentas de uma obra que estava sendo feita na penitenciária.