Neste sábado, o ônibus do Grêmio foi atacado na chegada ao Beira-Rio antes do clássico contra o Internacional. O veículo foi apedrejado e o meia Villasanti precisou ser hospitalizado.
O jogador ficou ferido durante o atentado e exames feitos no hospital constataram traumatismo craniano e concussão cerebral.
Apesar disso, conforme informou o Grêmio, o atleta passa bem, sem fraturas na cabeça. Villasanti também sofreu trauma no quadril e escoriações no rosto.
”O atleta está bem, sob cuidados no hospital Moinhos de Vento. Fez exames e foi constatado um traumatismo craniano e uma concussão cerebral, porém sem fratura na cabeça. Tem escoriações no rosto e um trauma no quadril. Estamos contigo, Villasanti!”, comunicou o Grêmio.
Conforme o presidente gremista Romildo Bolzan informou, Villasanti permanecerá internado no hospital Moinhos de Vento até a manhã deste domingo.
”O Villasanti vai ficar no hospital. Ele está em observação. Foi uma coisa que poderia ter causado a morte”, contou.
Após o atentado, o Grêmio se recusou a entrar em campo e a Federação Gaúcha de Futebol decidiu pelo adiamento da partida. Em coletiva de imprensa, o presidente do Internacional, Alessandro Barcelos, se solidarizou com a equipe rival.
“A gente se solidariza com os atletas, com a equipe do Grêmio. A gente precisa trabalhar juntos pra mudar isso, todos aqueles que fazem o futebol”, declarou.
Ainda assim, o presidente se mostrou contra quaisquer medidas que envolvam fechar os portões dos estádios ou o estabelecimento de torcida única nos jogos.
“A partir do momento que tomarmos medidas como fechar os portões ou ter torcida única, nós caminharemos pro fim da sociedade”, disse.
O presidente do Colorado, Alessandro Barcellos, condenou o episódio e afirmou que irá ajudar na identificação dos culpados.
“O Inter vem manifestar com veemência a sua contrariedade a essa violência, que vem acontecendo de forma constante. Não concordamos, é lamentável. Vamos contribuir para que seja identificado aqueles que fizeram isso. Temos que acabar com isso no futebol brasileiro”, disse à imprensa.
O mandatário ainda se manifestou contra a realização do Gre-Nal 435. Mais cedo, o presidente do Tricolor Gaúcho, Romildo Bolzan, afirmou que os seus jogadores não vão entrar em campo.
“O Inter concorda com não realização da partida, mas está preocupado com desequilíbrio do campeonato. Assim como tem hoje um possível desequilíbrio, também gerará outros desequilíbrios. Queremos tratar com a Federação de forma serena, para que a gente possa garantir a continuidade do campeonato, com equilíbrio técnico”, comentou.
“Temos jogadores pendurados, que podem não jogar em um próximo Gre-Nal dependendo da circunstância. Se esse argumento isso, estamos preocupados com futuro do campeonato”, completou.
Por fim, Alessandro Barcellos alegou que o caso não é de responsabilidade do Internacional.
“Esses fatos terão que ser apurados. Os culpados terão que ser identificados. O episódio ocorreu fora, então o Inter não tem responsabilidade”, finalizou.