Na terça-feira (10) entrou em vigor mais um aumento no preço do litro do óleo diesel no Brasil. O reajuste foi de R$ 0,40 em média, com o valor se aproximando dos R$ 7,00. Praticamente todos os produtos do supermercado são transportados por caminhões e, com isso o valor do frete deve subir, impactando também nos alimentos e itens do mercado.
Conforme o presidente do SINCOGÊNEROS e proprietário dos supermercados Marcolan, Celso Marcolan, está cada vez mais difícil trabalhar com os constantes aumentos nos combustíveis. Marcolan relata que em todos os reajustes do óleo diesel o preço do transporte dos produtos aumentou também, impactando para todos: transportadores, empresários e consumidor final.
De acordo com Celso Marcolan, todos acabam prejudicados, pois o transportador não consegue repassar todo o aumento para as empresas, assim como os supermercados não conseguem passar para o cliente. Do outro lado está o consumidor que vê os preços mudarem a cada ida ao supermercado, ficando ruim para todo mundo, avalia Marcolan.
O empresário explica que os constantes aumentos nas gôndolas está atrelado ao transporte. Ele dá o exemplo do açúcar que vem de São Paulo. Antes o caminhoneiro gasta em torno de R$ 3 mil de óleo diesel para fazer o trajeto até Passo Fundo. Agora, esse mesmo trecho custa mais de R$ 6 mil, somente em combustível. Essa diferença é colocada em cima do preço do produto transportado, deixando o item mais caro para empresa e consumidor.
Os produtos que vem de longe são os mais impactados, pois o custo de transporte é maior. O empresário destaca que os hortifrúti granjeiros foram os que mais subiram. O mamão, por exemplo, que vem da região central do país, aumentou demais em razão do frete. Celso Marcolan avalia que só quem está ganhando com o preço dos combustíveis elevados são os acionistas da Petrobras, o restante da população brasileira vem sofrendo e não está conseguindo se manter diante dessa situação.
Fonte: Rádio Uirapuru