Em sessão extraordinária realizada nesta terça-feira, 29, a Câmara de Vereadores de Veranópolis aprovou, por seis votos a três, a extinção do mandato do prefeito Waldemar De Carli (MDB). A votação ocorre após De Carli ser condenado por crime ambiental ocorrido no Balneário do Retiro. A decisão põe fim ao quarto mandato de De Carli como prefeito do município, após uma ação judicial que se arrastava desde 2018.
De Carli foi condenado por crimes ambientais no Balneário do Retiro, envolvendo construção de edificações em áreas de proteção ambiental. Em 2018, a Brigada Militar constatou que o local funcionava sem a devida licença ambiental e com construções nas proximidades de um curso hídrico, o Arroio Retiro.
Quem assume o governo municipal até o fim do ano é o vice-prefeito, Thomas Schiemann (MDB). Como ele está em viagem pela Europa, o presidente da Câmara, Luís Carlos Comiotto (PP), assumirá de forma interina até seu retorno. A partir de 2025, quem assume a prefeitura será o vereador Cristiano Dal Pai (PP), que venceu a eleição de outubro contra o próprio Schiemann.
Votação
Votaram a favor da cassação: Rodrigo Costa (PSD), Gioconda Dal Ponte (PL), Cristiano Dal Pai (PP), Vanderlei Zanotto (PP), João Mazetto (PSD) e o presidente da Câmara, Luis Carlos Comiotto (PP). Votaram contra a extinção do mandato os vereadores Adriane Parise, Leandro Machado e Maria Gregol, todos do MDB.
A decisão da Câmara agora será publicada no Diário Oficial, e Waldemar De Carli será oficialmente notificado de seu afastamento.
Defesa de De Carli
Apesar de a decisão não caber mais recurso, a assessoria jurídica de Waldemar De Carli já sinalizou que ingressará com um mandado de segurança na tentativa de reverter a cassação. A juíza Vanessa Nogueira Antunes Ferreira ressaltou que, embora a defesa possa tomar medidas judiciais, a suspensão dos direitos políticos do prefeito é uma consequência imediata do trânsito em julgado da condenação.