A Justiça autorizou, nesta quinta-feira (6), a quebra do sigilo telefônico e telemático do autor do ataque ao CEI (Centro de Educação Infantil) Cantinho Bom Pastor, que matou quatro crianças em Blumenau (SC).
A informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina.
Agora, a Polícia Civil vai analisar o conteúdo do aparelho celular do homem, que foi apreendido na quarta-feira após o atentado contra a escola. As redes sociais dele também serão alvo da investigação.
Ele vai responder por quatro homicídios triplamente qualificados e quatro tentativas de homicídios triplamente qualificados. Ainda nesta tarde, o autor do ataque, segundo o Tribunal de Justiça de Santa Catarina, vai passar por audiência de custódia, que vai determinar se a prisão em flagrante será convertida em preventiva ou não.
Segundo o delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, o suspeito é natural de Salto do Lontra, no Paraná, e tem quatro antecedentes criminais registrados entre 2016 e 2022.
Dois anos atrás, o homem esfaqueou o padrasto. Em dezembro do ano passado, quebrou o portão dele e feriu um cachorro com uma faca. O histórico criminal também revela que ele já foi detido por posse de cocaína e por brigar em uma casa noturna.
Para polícia, o ataque à creche é um caso isolado. Até o momento, não foi encontrada nenhuma ligação entre o suspeito e à creche particular, alvo do atentado.
Vítimas
Bernardo Cunha Machado, Bernardo Pabest da Cunha, Enzo Marchesin e Larissa Maia Toldo foram sepultados na manhã desta quinta-feira no cemitério do centro da cidade sob forte comoção e homenagens de familiares e amigos. As vítimas tinham entre 4 e 7 anos.