O PT e o PSOL anunciaram, na segunda-feira (10), seus posicionamentos em relação ao segundo turno das eleições para o governo do Rio Grande do Sul. Sem declarar apoio a Eduardo Leite (PSDB), ambos os partidos defenderam a tese de “nenhum voto” a Onyx Lorenzoni (PL).
O PT disputou o governo do estado com Edegar Pretto, tendo Pedro Ruas (PSOL) como vice. A chapa ficou em terceiro lugar, com 26,77% dos votos válidos – 2.441 votos a menos que Leite, que passou para o segundo turno.
Em comunicado, a Comissão Executiva Estadual do PT-RS defende foco dos partidários na campanha de Lula à Presidência. “Orienta, também, o combate sem tréguas ao bolsonarismo no Brasil e no Rio Grande através dos seus representantes. Portanto, nenhum voto a Onyx”, diz a nota.
Já o PSOL destacou como objetivo “nenhum voto em Onyx, derrotar Bolsonaro e o bolsonarismo com Lula presidente”. O partido já declarou que será oposição a Leite ou Onyx na Assembleia Legislativa, onde a sigla terá dois dos 55 deputados.
Na última sexta (7), Eduardo Leite anunciou neutralidade na disputa entre Lula e Bolsonaro nas eleições nacionais. “Este não é um estado bolsonarista ou lulista. É o estado do RS, que nunca se rende a quem quer vê-lo amarrado ou amordaçado. Não é mera extensão de Brasília e não é quintal do governo federal”, disse na ocasião.
Apesar da neutralidade de Leite e da posição do diretório petista contra Onyx sem mencionar o tucano, o ex-governador do estado Tarso Genro (PT) foi uma das lideranças do partido a defender o voto no candidato do PSDB.