Recentemente, o Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou que todas as plataformas de streaming que possuam o filme Como se Tornar o Pior Aluno da Escola, do humorista Danilo Gentili, em seu catálogo façam sua remoção. A decisão analisou as denúncias feitas nos últimos dias com relação ao “conteúdo problemático da produção”.
Nesta semana, uma polêmica envolvendo uma cena específica do longa chamou a atenção da internet. Embora ele tenha sido lançado em 2017, apenas agora, com adição ao catálogo da Netflix, é que algumas pessoas passaram a se incomodar com o longa. De acordo com a Justiça, o boicote ao filme se dá “em vista a necessária proteção à criança e ao adolescente consumerista”.
Publicado na última terça-feira (15) por meio do Diário Oficial da União (DOU), um dos trechos do despacho chama a atenção para a multa diária que as plataformas poderiam receber caso descumprissem a decisão da Justiça. Inclusive, o Ministro Anderson Torres utilizou seu perfil oficial no Twitter para compartilhar as informações com seus seguidores.
Além da Netflix, ao que tudo indica, o filme também pertencia ao catálogo do Globoplay e Telecine, com possibilidade de aluguel ou compra na Google Play Store para transmissão no YouTube, no Looke e na loja da Apple.
Entenda a polêmica ligada ao filme de Danilo Gentili
Compartilhada pelas redes sociais, a cena em questão traz o humorista Fábio Porchat interpretando um homem chamado Cristiano, que em determinado momento, tem comportamentos sexuais chocantes. Dirigido por Fabrício Bittar, a produção ainda conta com as participações de Joana Fomm, Moacyr Franco e também Carlos Villagrán, o intérprete de Quico no famoso seriado Chaves.
Como se Tornar o Pior Aluno da Escola conta a história de dois estudantes que não conseguem cumprir todas as regras sociais estabelecidas em sua escola. Mas em um determinado dia, um dos integrantes dessa dupla encontra um diário que contém diversas dicas sobre como instaurar o caos no local sem chamar a atenção.
(Paris Filmes/Reprodução)Fonte: Paris Filmes
Após a decisão ter sido oficializada pela Justiça, Danilo Gentili falou com o UOL sobre o assunto. “O vilão do filme que comete esse ato abjeto é uma sátira aos que posam de moralistas e politicamente corretos em público, mas que escondidos fazem essas coisas horríveis”, afirmou o humorista.
Na última atualização sobre o caso, foi divulgado pelo G1 que o Ministério da Justiça alterou a classificação indicativa da comédia, com isso, a faixa etária passa de 14 para 18 anos. No despacho, assinado pelo secretário José Vicente Santini, e publicado no “Diário Oficial da União” da quarta-feira (16), o texto ainda recomenda que o longa seja exibido após as 23h em televisão aberta.
